O SEU SORRISO

   

    Voltando ao teu sorriso… Ele merece um paragrafo só pra ele. Embora  o seu sorriso me deixe sem palavras, esse paragrafo vai ser só dele, e de mais nada nem ninguém. Por que foi por ele que me apaixonei, foi pela sinceridade e verdade estampada em meio a tanta perfeição, essa humildade de ser quem és, é tão cativante te olhar e ver sorrir. Se eu pudesse, roubaria teu sorriso pra mim, pra quando estiver triste, puxar da minha gaveta, lembrar você e despertar alegria de um sentimento bom. 

    Talvez não seja apenas um sorriso bonito, talvez seja mais que isso. Porque não um sorriso encantador? Seja mais que um sorriso bonito, deixa ser… Seja paz, seja tranquilidade, seja energia positiva. Seja eu, seja meu, deixa ser… E ao vê-lo sorrindo pude entender um dos motivos pelo qual meu coração escolheu o amar tanto. 

    Seu sorriso é o mas lindo que já vi, e não há nenhum outro que me mostre ou me prove o contrário… É, sorriso perfeito de alguém que vai partir, sorriso perfeito que sentirei falta de ver sorrir. Saibas que não tem coisa mais valiosa do que a simplicidade de um sorriso e o teu, meu caro, vai ficar pra sempre em minha memoria.

A CARTA

     Eu te escrevi uma carta, ela será entregue em suas mãos. Mas nela não pude colocar nem metade do que realmente sinto por você agora. A vida tem dessas, ela coloca uma pessoa incrível na sua vida, essa pessoa te faz momentos inesquecíveis, de risos, de tristezas e por ultimo de saudades.

    Tudo o que queria era evitar viver essa cena, eu não queria te dizer Adeus. Talvez com o tempo eu volto a sorrir, mas por agora, uma enorme amargura toma conta de meu coração, sofrendo por antecedência, escutando nossas musicas, sentindo saudade antes de te ver partir. 

    Em nossa jornada tivemos vários tropeços, ficamos afastados por um bom tempo e esse tempo talvez tenha sido o mais difícil de toda minha vida até então. Mas agora, ao imaginar que irei seguir em frente sem você, sem ver a motivação de cada frase, texto, poesia, musica e melodia que escrevo. Você sabe que é o seu sorriso que dá um ‘up’ em meu dia, que me alegra e que faz das piores situações, as melhores. 

    E agora, esse mesmo sorriso será lembranças vagando por dentro de meu cociente. Não sei se encaro essa situação, te abraço, te despeço, ou se finjo que está tudo bem, assim como finjo não sentir mais amor por você; Cara você tem sido minha vida desde que entrou nela, espero que nossas despedidas sejam um eterno reencontro pois não saberia suportar tanta dor em não te ver chegar, em esperar por alguém ansiosamente pra ver teu novo corte de cabelo, tua nova roupa, teus novos planos de vida futura, mesmo que neles, eu não esteja incluído. 

    Mas é que eu não sei simplesmente não sentir, eu sinto, sinto sim e sinto muito, sei que outros casais, neste caso, de verdade se separarão também, que entre eles mesmo que ainda haja amor, a saudade tomara conta, mas pensa por um segundo, em nenhum momento eu fui correspondido ao teu amor, imagina que mal, viver só de ilusões? Imagina que triste, não ser correspondido? 

     Mas qual o problema nisso? Você foi meu primeiro amor, é você quem vou levar pra toda minha vida, é você quem vai ficar comigo pra sempre mesmo estando longe. E quando eu me deitar, é em você, que meu primeiro pensamento irá desenhar.

A VIDA E AS ESTAÇÕES

    Eu queria que a vida fosse dividida em quatro estágios, mas que não acabasse nunca. A infância é como a primavera. É pura novidade e um calor que não sufoca nem faz pensar bobagens. Tem uma inocência quase cafona, uma singeleza clássica, e traz no intimo a certeza que pela frente vem coisa boa. A gente quer que passe logo, mas sabe que nunca mais será tão protegido, a mordomia não será eterna. É quando as coisas acontecem pela primeira vez, é quando num arbusto verde vemos surgir alguns vermelhos, é surpresa, a primeira de uma série.    A adolescência é como o verão. Quente, petulante, libidinosa. Parece que não vai haver tempo para fazer tudo o que se quer e o que se teme. É musical e fotogênica. Dúvidas, dúvidas, dúvidas em frente ao mar. Mergulha-se no profundo e no raso. Pouca roupa, pouca bobagem. Curiosidade. Vontade que dure para sempre, certeza de que passa. Noção do corpo. Festas e religião. Amor e fé. 

   A maturidade é como o outono, um longo e instável outono, que alterna dias quentes e frios, que nos emociona e nos gripa. Há mais beleza e o ar é mais seco, porém é quando se colhem os melhores abraços. Ficar sozinho passa a não ser tão aterrorizante. Fugimos para a praia, fugimos para a serra, as idéias aprendem a se movimentar, a fazer a mala rápido, a trocar de rota se o desejo se impuser, e não é preciso consultar o pai e a mãe antes de errar. É o outono que tentamos conservar. 

    O inverno é como a velhice, tem sua beleza igualmente, exige lã, bolsa de água quente, termômetro e uma janela bem vedada. O que não queremos que entre? Maus presságios. O inverno é frio como despedida de um grande amor, mas sabemos que tudo voltará a ser ameno. Queremos que passe, temos medo que termine. Ficar sozinho volta a ser aterrorizante. O inverno é branco, é cinza, é prata. É grisalho. E, de repente, também passa. 

    Eu queria que tudo fosse verdade, que a vida fosse verdade, que a vida fosse assim dividida em quatro estágios que mais parecem estações do ano, mas que não acabasse, que depois do inverno viesse outra primavera, e outro verão, e outro outono, que nunca são iguais, mas sempre se repetem, sempre voltam, são tão certos quanto o sol e a lua, todo dia, toda noite. Eu queria.

• Martha Medeiros